Esccolas católicas australianas ensinam que Deus possui “gênero neutro”
Os alunos não utilizam mais as palavras “Senhor”, “Pai” e “Filho”.
A “linguagem inclusiva de gênero “ao se referir a Deus tem sido ensinada para estudantes de escolas católicas de alto padrão em Brisbane, na Austrália.
Desta forma, ao utilizar os conceitos de inclusão, os alunos não poderão utilizar as palavras “Pai”, “Senhor” e “Filho” ao se referirem à Santíssima Trindade.
De acordo com informações cedidas pelo Jornal The Sunday Mail, a escola Stuartholme tem feito algumas alterações no vocabulário cristão no que diz respeito a alguns pronomes. Um exemplo disso foi a substituição de “himself” (ele mesmo), por “Godself” (Deus mesmo).
“Como acreditamos que Deus não é nem homem nem mulher, a Stuartholme tenta usar termos neutros de gênero nas orações, para que nossa comunidade aprofunde sua compreensão de quem Deus é para eles, como Deus se revela através da criação, nossos relacionamentos com os outros e a pessoa de Jesus”, afirmou uma representante da escola.
Além disso, o colégio Loreto, localizado em Coorparoo, excluiu o termo “Senhor” de suas orações, pois esta é uma palavra considerada masculina. O que reduziria Deus a um homem e não a um ser espiritual superior a toda humanidade.
Loreto, como uma das principais escolas para meninas, tem o compromisso de usar a linguagem inclusiva. Há ocasiões em que a linguagem de gênero pode ser apropriada, incluindo referências a figuras religiosas e bíblicas específicas”, disse o diretor Kim Wickham.
Ademais, o colégio St. Joseph’s, que é atualmente a principal escola de meninos católicos de Brisbane, substituiu o termo “irmãos” por “irmãos e irmãs” e trocou o termo “irmandade” (Brotherhood), por comunidade internacional.
“Esta tem sido uma área de crescimento para nós nos últimos tempos”, contou um representante da escola ao Sunday Times. “Nós fizemos mudanças em várias orações para sermos mais inclusivos em relação ao gênero”.
A diretora do escritório católico para participação da mulher, Andrea Dean, afirmou estar muito empolgada com a preocupação por parte das escolas em utilizarem termos corretos para se referir a Deus.
“É ótimo que eles sejam sensíveis às implicações de como Deus é chamado”, afirmou.
“Deus não tem nenhum gênero. Nos tempos em que a Bíblia foi escrita, [Senhor e Pai] eram termos de honra — a maioria dos termos de honra estava relacionada aos homens”, acrescentou ela.